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Produtores assinam primeiros contratos do Reviver Centro Cultural com a Prefeitura do Rio – Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro

O cantor Marcelo D2 participa de evento do Reviver Centro Cultural – Marcelo Piu / Prefeitura do Rio

A Prefeitura do Rio reuniu, nesta terça-feira (30/01), os produtores de 17 dos 84 projetos credenciados no Reviver Centro Cultural para assinatura do Termo de Adesão ao programa. O evento, na Rua Sete de Setembro 43, teve a presença dos produtores culturais, além do cantor e compositor Marcelo D2, que promoveu uma roda de samba no local. Com a assinatura do contrato, os primeiros projetos poderão ganhar as ruas do Centro, por meio de apoio do município. A Prefeitura vai dar recursos para a reforma dos imóveis e para ajudar nas despesas mensais.

– Nós sabíamos, desde quando começamos a história do Porto Maravilha e a derrubada da Perimetral, que a saída para o problema do Rio era voltar para o Centro. Aqui é uma área que já tem infraestrutura, hospital, escola. E, quanto mais você está onde tem infraestrutura, mais barata fica a cidade. E o que aconteceu na pandemia foi que o Centro se perdeu, muita gente foi embora. E não tem nada igual às manifestações culturais, artísticas, literatura, galerias de arte para conseguirmos fazer um lugar renascer. O que a Prefeitura está fazendo com esses espaços todos é dar uma grana inicial de incentivo. Eu não tenho dúvida nenhuma que, em muito pouco tempo, a partir desse projeto, o Centro será resgatado, revitalizado e ressuscitado por aquilo que o Rio tem de mais incrível que são suas manifestações culturais – afirmou o prefeito do Rio, Eduardo Paes.

O programa Reviver Centro Cultural recebeu a inscrição de 39 imóveis e de 132 projetos culturais, como livrarias, galerias de arte, escolas de dança e escolas de fotografia. Desse total, 84 foram credenciados e poderão ocupar as lojas também habilitadas no programa e, com imóvel, estarão aptos a receber os valores da Prefeitura do Rio destinados ao projeto. Como contrapartida, eles devem abrir, em horários estendidos, à noite e aos fins de semana, além de contar com uma programação que preveja ações nas calçadas, para levar mais gente ao Centro e aumentar o movimento da região.

– É um projeto de volta à vida das ruas do Centro. Ainda temos um comércio que foi resiliente, principalmente na pandemia, mas dentro do nosso projeto queremos trazer novas moradias, novos empreendimentos para cá. O Reviver Centro Cultural é central para que possamos trazer essa nova vida, a ocupação das lojas que estavam vazias. É um primeiro marco do renascimento do Centro – disse o secretário de Desenvolvimento Urbano e Econômico, Chicão Bulhões.

De iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Econômico (SMDUE), em parceria com a Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar), o projeto deve ocupar imóveis abandonados na área formada pelas avenidas Presidente Vargas, Rio Branco e Primeiro de Março, e pela Rua da Assembleia, além de um trecho da Orla Conde. O município vai dar valores ao projetos que podem chegar a até R$ 192 mil (R$ 1 mil por metro quadrado) para a reforma dos espaços e cerca de R$ 14,4 mil (R$ 75 por metro quadrado) como auxílio para despesas mensais, como aluguel, água e luz, dependendo da metragem do imóvel.

A partir de agora, todos os habilitados podem negociar diretamente com os proprietários dos imóveis credenciados para firmar o contrato de locação. Os gestores dos projetos que encontrarem um imóvel adequado e formalizarem o contrato de locação devem apresentar a documentação à Prefeitura do Rio. Depois de assinarem um Termo de Adesão, em que assumirão a responsabilidade de execução do projeto cultural proposto pelo poder público, de acordo com o edital, receberão, em 30 dias, o benefício de incentivo.

– O Centro do Rio está sedento por projetos. Temos uma oportunidade única de fazer o Rio de Janeiro que acreditamos, de fotografia, de música, de inclusão, samba, Carnaval. Nos três meses que estou com meu projeto no Centro, tive o suporte da Prefeitura. Tenho certeza que o Reviver Centro Cultural terá grande sucesso. O Rio vai ficar mais seguro e alegre – disse o cantor Marcelo D2, dono do espaço onde o evento foi realizado.

Sócios-diretores da Galeria Refresco, Deborah Zapata e Renato Canivello comemoram a oportunidade dada pelo incentivo da Prefeitura.

– Ficamos muito animados quando tomamos conhecimento do projeto da Prefeitura, uma oportunidade de profissionalizar os espaços de cultura no Rio. Receber um aporte da Prefeitura para conseguirmos desenvolver o nosso projeto, dar mais visibilidade pois trabalhamos com toda uma comunidade de artistas cariocas, é uma oportunidade incrível. Estamos muito felizes de participar – declarou Deborah.

Idealizadora do Centro Carioca de Fotografia, Renata Xavier elogiou a iniciativa da Prefeitura de buscar a revitalização do Centro da cidade.

– O Centro do Rio merece pois ele faz parte da história do Brasil, é um centro de memória da cidade e do país. Nosso trabalho é sobre fotografia, é criar um lugar em que os olhares do Rio se encontrem. Há poucos paços de onde vai ficar o Centro Carioca de Fotografia foi feita a primeira foto da América do Sul. São essas histórias que queremos trazer, mostrar quem são os cronistas visuais da atualidade. É um lugar para quem ama fotografia.

Conheça os primeiros projetos credenciados que assinaram o Termo de Adesão com a Prefeitura do Rio:

Arrecife Rio – O Arrecife Rio, a ser instalado na Rua do Rosário, número 61, loja A, é um espaço que congregará um ateliê para artistas, exposições, intervenções artísticas, cursos de longa e curta duração, workshops e eventos sociais e culturais.

Centro Carioca de Fotografia – O espaço será uma galeria de arte voltada para a fotografia, tendo a cidade do Rio como temática principal. O espaço funcionará na Travessa do Comércio, número 11, e abrigará exposições rotativas, estúdio e escola de fotografia, além de promover passeios, festivais externos, entre outras atividades.

Museu da Caricatura Brasileira – O Museu da Caricatura Brasileira será instalado na Rua Primeiro de Março, 22, trazendo seu acervo na coleção particular de Luciano Magno, caricaturista, historiador e autor da obra “História da Caricatura Brasileira”, com o objetivo de resgatar, preservar e divulgar a memória da caricatura brasileira. A proposta é mostrar o acervo de forma itinerante, em exposições, e por meios como a internet.

 QueeRIOca – A “QueeRIOca” promete ser um espaço na Travessa do Comércio, 16, para residência e produção de arte queer (termo da língua inglesa usado para definir minorias sexuais e de gênero), no Rio de Janeiro, realizando a curadoria de artistas que farão residência na casa com peças teatrais, shows musicais, exposições, batalha de Slam (competições de poesia falada), leituras, performances, palestras, oficinas, debates e seminários.

Diário do Rio de Cultura – Na Travessa do Comércio, 2 a 6, o projeto Diário do Rio de Cultura realizará oficinas de Cultura Digital e exposição permanente da história da região central, com visitas guiadas e atendimento ao público geral, assim como também a alunos (as) da rede pública de ensino. Haverá ainda atividades como vernissages, e atividades artístico-culturais.

Casa Proeza – A Casa Proeza pretende instalar na Rua do Ouvidor, 26, um centro de estímulo a discussões culturais em seu espaço multifuncional: o casarão abrigará uma galeria de arte voltada à fotografia, além de redação da revista virtual do projeto e estúdio da Proeza Design.

Instituto Vida em Equilíbrio – A ocupação promoverá espetáculos teatrais, com atores ocupando a calçada em frente ao imóvel, e exposição de artes visuais, música e dança, na Rua da Quitanda, 87. Além disso, haverá passeios culturais, com visitas guiadas a pontos turísticos do Centro, voltados para estudantes de escolas públicas (estaduais e municipais) e particulares e para turistas e alunos graduandos em cursos como turismo e hotelaria.

Casa Tucum – Localizada na Rua do Rosário, 30, a Casa Tucum traz a cultura indígena através de uma loja conceito, galeria de arte, empório gastronômico e empreendedorismo indígena, gerando o encontro entre as diversas culturas indígenas e a sociedade, a fim de expandir o imaginário comum sobre a cultura.

Galeria Refresco – A Galeria Refresco traz à Rua do Rosário, 26/28, residências artísticas, exposições, atividades pedagógicas, principalmente voltadas para artistas que já circulam pelo Centro da cidade. A ideia é auxiliar os artistas no desenvolvimento e aprimoramento de suas carreiras, bem como explorar possibilidades comerciais e expográficas, além de buscar parcerias com projetos similares.

Teatro do Mar – O projeto pretende construir a sede do Espaço Teatro do Mar, reunindo aulas de teatro, cenografia, figurino, música, produção e gravação de produções audiovisuais, podcasts, eventos artísticos e uma sala de apresentações teatrais na Rua Sete de Setembro, 63.

MetaGallery – Na Rua da Assembleia, 40, a MetaGallery instalará espaços imersivos com exposições de arte em NFT, divulgação de artes digitais e um display LCD de alta definição em sua fachada, expondo formas de arte digital. Além disso, pretende oferecer oficinas, palestras, debates e eventos sobre blockchains, NFT, arte digital e tecnologias emergentes.

Casa Carnaval – A Casa Carnaval trará à Rua do Mercado, 37, uma experiência da maior festa popular do Brasil, para além de fevereiro. O espaço terá exposições, cursos, apresentações e produções de conteúdo sobre a indústria carnavalesca. Voltado ao público carioca e turistas, o projeto promete valorizar a arte do carnaval, com manifestações sobre o presente, o passado e o futuro desse movimento artístico vivo.

Cará – O projeto, localizado na Rua Sete de Setembro, 43 loja A, dialoga com o Centro de Pesquisa Avançada do Novo Samba Tradicional Onde o Coro Come – IBORU, a proposta é uma residência artística capitaneada por artistas plásticos brasileiros. A ideia é uma troca de experiências com projetos já consagrados, possibilitando diálogos e vivências.

Escola da Diversão – Casa Criativa Rio A proposta de um espaço de criatividade será localizado na Rua dos Mercadores, 8-A. Tem como características oferecer capacitação para habilidades artísticas e acompanhamento de projetos culturais.

Ginga Tropical – A Casa Ginga Tropical oferecerá atividades atreladas à preservação do folclore e da cultura popular brasileira por meio de apresentações de dança, cursos e eventos de rua. Terá atividades fixas de rodas de dança e capoeira na Rua da Alfândega, 19.

Museu do Café – A proposta que ficará na Rua do Ouvidor, 28, é para os amantes de café. O espaço contará com a utilização de ferramentas multimídia para contar a história do café, bem como exposições culturais e um ambiente de degustação, com processo de torra no local.

Casa de Cultura Volta do Mundo – A cultura afro-brasileira, notadamente a capoeira, é a peça central da proposta do projeto. Espaço de economia criativa, a Casa de Cultura que ficará na Rua do Rosário, 24, promoverá eventos ligados à democratização artística carioca e oferecerá cursos para promoção da cultura afro-brasileira.

Marcações: Prefeitura do Rio prefeitura do Rio de janeiro reviver centro cultural

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