O programa Siminina desenvolvido pela Secretaria Municipal de Assistência Social, Direitos Humanos e da Pessoa com Deficiência está em franca expansão desde 2017, quando a gestão Emanuel Pinheiro assumiu o comando da Prefeitura de Cuiabá e a primeira-dama Marcia Pinheiro abraçou a causa em prol de meninas que não poderiam arcar com cursos na área artística. Atualmente, o programa atende cerca de 1.200 meninas.
Entre as bailarinas, algumas se destacam pela evolução emocional que adquiriram ao longo do trabalho: as alunas Ana Vitória Salvaterra de Faria, 12 anos, que tem Síndrome de Down e a pequena Sofia Melo, de 07 anos, portadora do Transtorno do Espectro Autista.
No caso de Ana Vitória, segundo a professora de ballet, Luana Souza, o desenvolvimento foi bem tranquilo e a menina não demonstra nenhuma dificuldade em realizar os movimentos. “Ela se realiza em mostrar o que aprendeu e gosta de comemorar cada avanço. Adora demonstrar que sabe fazer a abertura, movimento usual na desenvoltura da prática do ballet”, revelou a professora.
Já Sofia Melo enfrentou um pouco de resistência no começo, comentou a professora, em razão da dificuldade de interação com as demais crianças. “Com o tempo foi se adaptando com todas do programa e agora se sente acolhida”, relatou.
Para a mãe da Sofia, Márcia Ferreira, o resultado adquirido com as aulas de ballet é de gratidão, pois a diferença no desenvolvimento pessoal e em outros ambientes da rotina dela é visível. “Um dos pontos que merece destaque é o seu desempenho na escola. Não só as aulas de ballet, mas o programa Siminina como um todo, ajudou e muito na relação em casa. Antes Sofia era muito tímida, fechada, não gostava de conversar, não gostava de se comunicar. Hoje ela conversa, brinca, extravasa com as crianças, melhorou muito o comportamento de modo geral”, pontuou a mãe.
Silmara Salvaterra, mãe da Ana Vitória, disse que além de mais animada com as tarefas diárias, a filha desenvolveu mais habilidade nos relacionamentos com os colegas. “Sou mais feliz”, disse Ana Vitória enquanto a mãe contava sobre seu desenvolvimento.
A desenvoltura de ambas pode ser conferida durante o espetáculo “O Reino Encantado das Simininas”, apresentado no último domingo (15), no Teatro Zulmira Canavarros, em Cuiabá.
Em meio ao público, as meninas atraíram a atenção do prefeito Emanuel Pinheiro e da primeira-dama Marcia Pinheiro, que é madrinha do programa. “Elas são espetaculares, muito dóceis e se empenharam em oferecer o seu melhor”, observou a primeira-dama.
Assim como as crianças com deficiência, as demais meninas também contabilizam histórico de avanços emocionais, intelectual e pessoal, conforme relato das mães que acompanham tudo de perto. A funcionária pública da Educação, Clariene Cristina Pereira da Silva, mãe da siminina Isabelly conta que é notório o resultado, bem como a segurança por saber que estão bem assistidas possibilitando que os pais trabalhem despreocupados. “Considero como se fosse uma extensão da nossa casa, são muito bem cuidadas. As meninas aprendem a se comportar melhor, ajuda nas mais diferentes áreas, seja para quem opta por instrumentos musicais, ou quem opta pelo ballet. É um conhecimento que elas vão levar para a vida inteira. A melhor coisa que poderia ter acontecido para as meninas aqui em Cuiabá foi esse projeto Siminina”, frisou Clariene, ao revelar que não teria condições de pagar as aulas de música ou ballet.
“Acreditamos no potencial dessas crianças e adolescentes e a arte, a música, a dança é um potencial desenvolvedor de suas habilidades. Continuaremos investindo nesse trabalho que tem sido motivo de grandes resultados para as famílias da nossa capital”, pontuou a primeira-dama e madrinha do Programa Siminina, Marcia Pinheiro.
Programa Siminina – Atualmente o Programa Siminina está presente em 20 unidades em diferentes regiões, como Três Barras, Distrito da Guia, Distrito do Sucuri, Pascoal Ramos, Capão do Gama, Bela Vista, Renascer, Tijucal, Novo Paraíso, entre outros. Mas muitos presidentes de bairros que já procuraram a Secretaria de Assistência Social, Direitos Humanos e da Pessoa com Deficiência que é responsável pelo programa para solicitar uma unidade em seus bairros.