Avelino Israel
Fundação Cultural Cassiano Ricardo
O Museu do Folclore de São José dos Campos retoma neste domingo (3) as atividades do Museu Vivo, que reúne detentores de saberes e fazeres da cultura popular local. Em agosto, por conta da programação do Mês do Folclore, o programa teve uma pausa.
O encontro acontece sempre aos domingos à tarde, na área externa do museu, das 14h às 17h, e é aberto ao público, que pode vivenciar os saberes compartilhados pelos fazedores. Geralmente, estão presentes representantes das áreas de artesanato, culinária e música.
Macramê
O casal Célia Cristina Silva Chagas, joseense, e Wellington José Silva Chagas, natural de Piquete, faz macramê há 27 anos. Eles aprenderam a técnica em São José, vendo outras pessoas fazendo. Para produzir colares, pulseiras, brincos, suportes para plantas e painéis, usam miçangas e elementos naturais, como pedras e sementes.
O macramê é uma forma antiga de artesanato. Os fios são trançados e atados por nós, com o uso apenas das mãos, sem utilização de ferramenta ou máquina.
Bolo
Para a culinária, a convidada é a joseense Marise Cristina Batista, que já participou de outras edições do Museu Vivo. Além de uma receita de bolo de fubá, ela também pretende preparar café com rapadura para acompanhar.
Marise conta que este saber culinário é de família. Desde pequena, ela já ajudava a mãe a fazer muitas receitas, tanto salgadas como doces. “Apesar de toda a modernidade atual, a sabedoria popular é algo que está presente em nossas vidas, passando de geração em geração.”
Música
O gosto pelo ritmo sertanejo é tão grande que ele até incluiu no próprio nome artístico: Ramos Play Show Sertanejo. É assim que o violeiro Valdir Ramos, natural de Igaratá, é mais conhecido. Por 10 anos, ele tocou com um parceiro, mas há pouco mais de 3 anos segue carreira solo.
Valdir conta que o pai e a mãe tocavam viola e vieram do extremo de Igaratá para São José. “Eu tocava com a minha família, e há 15 anos a música é meu meio de vida.”
Gestão
O Museu do Folclore é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo que funciona desde 1997 no Parque da Cidade. A gestão é feita pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos.
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