O prefeito Eduardo Paes, ao lado de Gilberto Kassab e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas – Fabio Motta/Prefeitura do Rio
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, recebeu a visita do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, neste sábado (04/03), no Centro de Operações Rio (COR), na Cidade Nova. O prefeito apresentou o funcionamento do equipamento público, que é referência em resiliência na América Latina para minimizar ocorrências de grande impacto na rotina da cidade. A visita foi acompanhada pelo presidente do PSD, Gilberto Kassab, e pelos secretários municipais da Casa Civil, Eduardo Cavaliere, e de Esportes, Guilherme Schleder. O litoral norte de São Paulo sofreu grandes impactos com os recentes temporais na região.
– O COR já é uma referência internacional. O que temos aprendido é que esse lugar aqui salva vidas. Os sistemas implantados aqui ajudaram a mudar a realidade da cidade quando acontecem esses grandes eventos. Se eu pudesse dar duas sugestões nacionais, uma é a mudança de cultura. Não podemos achar normal as pessoas se deslocarem durante uma tempestade e todo mundo reclamar que não está dando para passar com a cidade toda alagada. O segundo ponto é que precisamos ter credibilidade na previsão meteorológica. O Brasil precisa apostar e investir no seu sistema de previsão meteorológica. Nos países do primeiro mundo, a população sabe onde vai cair a neve, onde vai cair a chuva dali a 10 dias. Investir em satélites, em modelos matemáticos que permitam uma previsão mais apurada é fundamental – afirmou o prefeito Eduardo Paes.
O governador Tarcísio de Freitas conheceu a Sala de Situação do Centro de Operações Rio, local de tomada de decisão pelos operadores, em caso de ocorrências na cidade. Ele elogiou a estrutura do equipamento carioca.
– Tenho muitas lições aprendidas aqui, muita coisa boa que foi feita, que está tornando a cidade do Rio de Janeiro uma das mais resilientes do mundo. É uma cidade que realmente se preparou para esses eventos climáticos adversos e a gente tem que importar algumas dessas boas medidas para São Paulo. Vamos trazer para cá o nosso pessoal da Defesa Civil para um intercâmbio, aprender sobre o sistema de sirenes e sobre protocolos que já existem aqui no Rio. Para mim, está sendo uma visita muito proveitosa, acho que o Rio se estruturou muito bem ao longo dos últimos anos e aquilo que é bom vamos importar, que assim a gente ganha tempo – disse o governador de São Paulo.
Inaugurado em 31 de dezembro de 2010, o COR foi estruturado com o objetivo de antecipar soluções e minimizar ocorrências de grande impacto na cidade, como chuvas fortes, deslizamentos e acidentes de trânsito. O complexo usa tecnologia de ponta para receber e analisar as informações em tempo real, 24 horas por dia, sete dias por semana.
– Para nós, é sempre motivo de satisfação apresentar o nosso Centro de Operações e Resiliência Rio. Queremos compartilhar conhecimento para que cada cidade do país conte com um equipamento como o COR, capaz de auxiliar os gestores públicos na tomada de decisão durante fenômenos naturais, mas também capaz de trabalhar com a cultura da prevenção – afirmou o chefe executivo do COR, Marcus Belchior.
O projeto, pioneiro na América Latina, integra 30 órgãos públicos e concessionárias, cujos serviços afetam diretamente a rotina da cidade do Rio de Janeiro. Entre eles, estão o Sistema Alerta Rio, Centro Integrado de Mobilidade Urbana (CIMU), CET-Rio, Rioluz, Comlurb, Geo-Rio e Guarda Municipal (GM), além das secretarias municipais de Assistência Social, Conservação, Saúde e Educação.
A Defesa Civil Municipal é outro importante integrante do COR. O órgão é responsável pela operação do Sistema de Alerta e Alarme Sonoro das comunidades. São 162 sirenes instaladas em 103 áreas de alto risco geológico. Os equipamentos começaram a ser implantados em 2011 e a primeira localidade a receber a sirene foi o Morro do Borel, na Tijuca, Zona Norte do Rio.
O Centro de Operações Rio passou por um processo de expansão no fim de 2022. Desde então, técnicos fazem uso do maior videowall com 104m² e uma abrangência significativa das áreas do município. O COR conta com 500 profissionais em três turnos, 24 horas por dia, monitorando as imagens geradas por mais de 2.500 câmeras espalhadas pela cidade.
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