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Agência Minas Gerais | Secretaria de Agricultura ouve demandas de produtores rurais e prefeitos do Sul e Sudoeste de Minas 

Sex 10 fevereiro 2023 17:30 atualizado em Sex 10 fevereiro 2023 17:31

Secretaria de Agricultura ouve demandas de produtores rurais e prefeitos do Sul e Sudoeste de Minas 

Agenda de trabalhos em Nova Resende, nesta sexta-feira (10/2), esteve voltada para pautas da cafeicultura, bovinocultura e apicultura da região 

O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes, esteve em Nova Resende, nesta sexta-feira (10/2), cumprindo agendas de trabalho relacionadas à agropecuária regional. Pela manhã, reuniu-se com prefeitos e vices de aproximadamente 20 cidades na Assembleia Geral do Consórcio Público para o Desenvolvimento do Café no Sul e Sudoeste de Minas (ConCafé). Durante a tarde, discutiu programas de fomento ao melhoramento genético de rebanhos bovinos e à apicultura. 

Adriane Bicalho / Seapa

O ConCafé é um consórcio que agrega 48 municípios, estado e federação em prol da cafeicultura nas regiões Sul e Sudoeste de Minas Gerais, responsáveis por grande parte do café produzido no mundo. Na assembleia desta sexta-feira, foram apresentados os resultados das ações desenvolvidas, prestadas contas de 2022 e realizada a eleição de um novo conselho fiscal. 

De acordo com Fernandes, a sinergia entre os setores público, em seus diversos âmbitos, e privado é fundamental para que o agro mineiro continue avançando. “O governador Romeu Zema tem dito: nós precisamos estar lá na ponta, perto de quem produz, ouvindo, trabalhando juntos. E essas parcerias estão sendo firmadas, com as prefeituras, com os sindicatos rurais, com a Faemg, com os parlamentares”, afirmou. 

Entre as medidas elaboradas pelo consórcio para a valorização das atividades cafeeiras, estão a celebração de contratos e acordos, a execução de projetos para o aumento da produtividade e a redução de custos, além do atendimento a demandas dos agricultores. 

Pecuária 

Em reuniões à tarde, foram discutidas ações e propostas de incentivo à bovinocultura e à apicultura das regiões. O destaque foi o Programa Mais Genética, criado em 2016, com o objetivo de aperfeiçoar a produção leiteira e de gado de corte em Minas, sem custos para o agropecuarista, e executado com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas (Emater-MG).  

O programa visa a distribuição de material genético para pequenos produtores e agricultores familiares. Atualmente, está presente em cerca de 130 municípios mineiros, a maioria deles no Sul e Sudoeste de Minas, e já contribuiu para a inseminação de 170 mil vacas, conforme estimativas da Emater-MG. A expectativa é de que o número alcance o marco de 200 mil animais em 2023.  

O investimento total na iniciativa foi próximo a R$ 5 milhões, provenientes de emenda parlamentar. 

O secretário de agricultura ressaltou os recentes avanços para pecuária bovina. “O melhoramento genético, sem dúvidas, é uma grande evolução para a produção de carne e de leite. Uma vitória nós já conseguimos, com a retirada da vacinação contra a febre aftosa neste ano. Novos mercados serão abertos e as exigências sobre os produtos serão maiores”, disse. 

Os bons resultados do Programa de Erradicação da Febre Aftosa, executados pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), permitiram que, a partir de 2023, Minas Gerais obtivesse o status de estado livre da doença sem vacinação, um feito histórico para toda a cadeia produtiva. A perspectiva é de que o reconhecimento internacional ocorra no prazo de dois anos.  

Conforme os cálculos da Seapa, a economia para a pecuária mineira, com a retirada da imunização, será de cerca de R$ 700 milhões por ano, considerados os gastos com imunizantes e aplicação. Além disso, a conquista abre oportunidades para o comércio exterior da carne produzida em Minas. 

Apicultura 

A criação de abelhas também foi pauta dos encontros. No último mês de janeiro, a Seapa participou da entrega de 91 kits de apicultura, em Muzambinho, destinados a produtores de 33 localidades. A aquisição teve aporte de mais de R$ 489 mil, advindos de emenda parlamentar, e R$ 10 mil em contrapartida do Estado. Os recursos foram formalizados via convênio pelo Ministério da Agricultura.  

 

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